Olá!
Escrever
no computador tornou-se muito mais interessante desde que o meu “c” deixou de
funcionar. Há pouco tempo decidi entornar umas gotas de água no teclado. O “v”
esteve em coma durante um dia e depois agarrou-se à vida. Depois disso o “c”
desistiu de viver. É chato porque agora tenho de ir a um sítio copiar o “c” e
depois colar. E pela quantidade de vezes que já o fiz só a escrever este
parágrafo, parece-me que o “c” realmente é uma letra muito importante no nosso
dia-a-dia. Este é sem dúvida o ponto que mais trabalho me vai dar pelo simples
facto de que o meu “c” está fora de serviço. (Sim, eu podia usar o teclado
virtual, mas não tenho paciência. Podia ter um outro teclado, mas não tenho.
Tenho de levar mesmo com as consequências dos meus atos.)
Hoje
trago um ponto mais pessoal. Talvez seja arriscado, mas não tenho medo.
Apetece-me e pronto, escrevo.
O verão
faz-me sempre recuar no tempo. A vocês não? Faz-me lembrar o tempo em que eu
passava o verão com os meus avós. Foram, até hoje, os melhores verões da minha
vida e já não tenho nada parecido há uns bons anos. Restam as saudades e as
recordações. A saudade é o preço de todos os momentos inesquecíveis que
passamos com aqueles que mais amamos, mesmo que na altura não pareçam assim tão
significantes.
Tenho
saudades de ir à praia bem cedinho com a minha avó. Ela deixava-me sempre levar
as barbies para a praia para brincar com elas no “caldeirão” da praia das
Avencas. Tenho saudades de ver o meu avô sentado no jardim a ver o mar, os
carros a passar na marginal e sempre atento àquilo que eu e a minha irmã
fazíamos. Tenho saudades dos docinhos que a minha avó nos trazia e do olhar
guloso do meu avô sempre à espera que também partilhássemos com ele. A minha
avó ralhava sempre com ele, dizia “Isso é das meninas!”, coitado; às
escondidas, nós dávamos-lhe sempre um bocadinho. Tenho saudades de quando eles
nos levavam ao parque da Parede para dar pão aos patos e brincar. Tenho
saudades de os ouvir dizer que iam ligar aos meus pais quando eu e a minha irmã
estávamos a ser mais traquinas, sabendo sempre que eles nunca ligariam (o meu
avô não tinha jeito com telefones e mesmo que tivesse não ligava porque tanto
ele como a minha avó odiavam quando os meus pais ralhavam connosco,
especialmente a minha avó). Tenho saudades de quando ficava com eles a ver as
telenovelas todas (eram as noitadas da altura). Tenho saudades deles. Tenho
saudades daquele amor e carinho que só eles sabiam dar. Tenho saudades dos
sorrisos, dos abraços, das vozes.
E este
é mais um ponto!
Filha linda...também tenho muitas SAUDADES de tudo isso ... e muito mais. Há momentos que duram sempre. Fico muito FELIZ por continuares a recordar os teus Avós dessa forma tão carinhosa. Tenho muito orgulho em ti e na mana porque em muitos momentos, nas vossas conversas, ELES continuam presentes. Adorei este ponto...és uma rapariga de ConviCÇões ( um teclado sem "c" não é entrave) .BEIJS
ResponderEliminarGrande parte do que sou agora deve-se a eles! Continuam connosco através das memórias! Obrigada, mãe
EliminarParabéns, Filipa!
ResponderEliminarSão apontamentos como este que melhor demonstram o teu carácter.
Tudo de bom para ti. Tu mereces!...
Beijinho
Obrigada por todo o apoio e carinho, padrinho! Beijinhos
EliminarObrigada por todo o apoio e carinho, padrinho! Beijinhos
EliminarFizeste-me lembrar os verões em que passava uns diazinhos em casa dos avós. Infelizmente não foram muitos, mas trazem-me óptimas recordações.
ResponderEliminarBjs,
Pedro