Boa tarde, pessoal!
O tempo vai passando e ainda não decidi nada. Considero-me uma pessoa determinada. Claro que por vezes tenho alguns picos de devaneio, algumas incertezas, mas regra geral sei bem o que quero e como quero fazer as coisas. Desta vez, é diferente. Desta vez sinto-me um bocado perdida. Eu sei o que quero fazer, mas não sei como é que vou conseguir fazê-lo, não sei qual é o meu caminho até lá. Em determinadas situações não gosto de perder o controlo, não gosto de sentir que não sei o que está à minha frente. E agora estou a falar do meu futuro.
Daqui a 3 meses
acabo a licenciatura (YEI!). Estes 3 últimos anos passaram a correr. Desde o
primeiro ano da faculdade tenho ouvido a pergunta “O que é que vais fazer
depois da licenciatura?” e agora tem surgido uma nova pergunta que é: o que é
que vais estar a fazer daqui a 2 anos?... Epa, odeio estes questionários.
Porque é que tenho de meter a carroça à frente dos bois e pensar no que vou
fazer daqui a 3 anos, se nem sei o que é que vou jantar logo à noite? É ótimo
termos objetivos (acho que uma pessoa sem objetivos na vida está a desperdiça-la
‘à grande’). É ótimo termos sonhos e idealizarmos o nosso futuro. É ótimo
lutarmos por aquilo que queremos. Mas porque é que tenho de dar resposta a este
tipo de perguntas? Se respondo “Não sei” fica tudo chocado e dizem “Tens de
começar a pensar!”
Penso em
respostas para dar a estas pessoas. Começo a olhar para o estado atual do país e do
mundo, mas isso não me assusta; não tenho medo de ir para fora, não tenho medo
de não trabalhar na área. Porém, o não ter medo não significa que não me
importe porque importa e muito: seja em Portugal ou noutro país qualquer, quero
trabalhar na área da comunicação (e isto eu sei com todas as minhas forças). Começo
a pensar em várias opções, a ouvir várias opiniões de pessoas da minha área e
chego à conclusão que gosto e não gosto de muitas coisas, que quero muitas coisas
e não quero muitas mais, que umas coisas são mais seguras do que outras, que
umas enchiam-me mais o coração e outras iam deixar-me frustrada. Já tive muitas
respostas, mas agora a minha resposta é completamente diferente de tudo aquilo
que já tinha dito até então. Antes as minhas respostas eram mais compostas.
Agora é muito vaga.
Sei que quero
fazer um mestrado. No quê? Excelente pergunta. Já quis publicidade e marketing,
relações internacionais, qualquer coisa relacionada com turismo. E agora não quero
nada disso. Ou então quero tudo ao mesmo tempo. Pelo menos sei que não quero
continuar naquela faculdade. Quero ir para outra fazer o mestrado. Também sei que
gostava de fazer Erasmus. Sei que quero ter um trabalho em part-time para poder fazer as minhas coisas sem depender de
ninguém.
Acabo por poder
responder a essas perguntas, não é? Então: depois da licenciatura quero tirar
um mestrado e daqui a 2 anos pretendo estar a acabá-lo, pretendo ter estudado
no estrangeiro, pretendo ter algum dinheiro meu, pretendo entrar no mercado de
trabalho na minha área (o que deve vir a ser muito difícil), pretendo estar
numa rádio, ou num jornal, ou numa televisão. São pretensões. Também sei que este
fim-de-semana vou fazer o meu currículo para começar a enviar para tudo o que é
meio de comunicação para ir estagiar após a licenciatura. Sei que onde quer que
eu vá parar vou dar o máximo e o melhor de mim. E são estas as minhas
respostas, os meus objetivos. Melhor que nada, não?
E pronto, isto
é mais um ponto.